BRUXELAS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou nesta segunda-feira as empresas belgas a investirem no Brasil, um país com crescimento econômico positivo e imensas oportunidades proporcionadas pela organização do Mundial de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
"A crise econômica será apenas uma marolinha para o Brasil", reiterou Lula diante de uma plateia de empresários reunidos em Bruxelas, no segundo e último dia de sua visita à Bélgica.
Uma delegação de investidores belgas liderada pelo príncipe Philippe, herdeiro do trono, deve viajar ao Brasil em maio de 2010.
"O Brasil é sólido. Vamos ter um crescimento positivo este ano e temos um enorme potencial de oportunidades com a organização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos de 2016, pelo trem-bala e pelos campos de petróleo off-shore", declarou Lula.
O presidente brasileiro ainda exaltou os projetos de produção de etanol e biocombustíveis, "uma tecnologia segura, limpa e eficiente", e se disse capaz de assumir suas responsabilidades frente ao aquecimento global com um programa de reflorestamento de mais de 300.000 hectares na Amazônia.
O Brasil já é um parceiro importante para a Bélgica, ressaltou, por sua vez, o ministro belga das Relações Exteriores, Yves Leterme. "Em 2008, a Bélgica importou 2,9 bilhões de euros em produtos brasileiros, e exportou 1,9 bilhão em produtos belgas", lembrou. "A crise terá como consequência uma redução significativa do comércio", avisou.
Leterme também exaltou o potencial da Bélgica, "porta de entrada para a Europa", e lamentou "o baixo número de companhias brasileiras" no país.
"Nós também oferecemos grandes oportunidades e alta qualidade de vida, mesmo que não possamos competir com o sol e as praias brasileiras", finalizou.
Lula segue ainda hoje para Estocolmo, onde deve se reunir amanhã (terça-feira) com o primeiro-ministro Frederik Reinfeldt, presisdente em exercício da União Europeia (UE). "A questão do clima estará na pauta" da reunião, avisou Reinfeldt em comunicado publicado em Bruxelas.