Agência France-Presse
postado em 08/10/2009 13:32
RAMALLAH - O Fatah convocou para sexta-feira (9/10) manifestações e uma greve geral nos territórios palestinos para "defender Jerusalém", num momento em que a Cidade Santa se encontra novamente abalada por tensões religiosas.
Em comunicado publicado na Cisjordânia, o Comitê Central do Fatah, do presidente palestino Mahmud Abbas, lançou um apelo à greve geral e à realização de manifestações na sexta-feira para proclamar a importância para os palestinos de Jerusalém, "capital eterna do Estado palestino independente".
Este movimento de greve tem como objetivo "reafirmar a 'arabidade' de Jerusalém e a importância para o povo palestino dos lugares santos muçulmanos e cristãos", diz o comunicado.
A situação parecia normal nesta quinta-feira em Jerusalém, após vários dias de enfrentamentos esporádicos entre jovens palestinos e policiais israelenses. Contudo, a tensão entre as duas partes permanece acirrada, e as autoridades israelenses temem que as tradicionais orações de sexta-feira nas mesquitas sirvam de pretexto para novos confrontos.
Em seu comunicado, o Fatah condenou "a cumplicidade das forças israelenses com os judeus de extrema direita", acusando a polícia de "liberar o acesso da Esplanada das Mesquitas a estes judeus, que se aproveitam da proteção das forças da ordem para impedir os fiéis muçulmanos de rezar lá".
O Fatah se declarou "particularmente preocupado com as medidas selvagens tomadas por Israel em Jerusalém", citando "o confisco de terras e a colonização".
A Esplanada das Mesquitas, onde ficam as mesquitas de Al-Aqsa e do Domo da Rocha, é o terceiro lugar santo do Islã. O lugar também é sagrado para os judeus, que o chamam de Monte do Templo.