Agência France-Presse
postado em 09/10/2009 10:53
Cento e oitenta e uma pessoas morreram em uma série de deslizamentos de terra provocados pelas chuvas torrenciais que caem no norte das Filipinas, elevando para 540 o número de mortos nas tempestades que atingem o arquipélago há duas semanas.
Na região montanhosa de Cordillera, situada ao norte da grande ilha de Luzón, onde o tufão Parma continua provocando chuvas fortes, pelo menos 181 pessoas morreram em função dos deslizamentos.
As áreas agrícolas de Luzón estão completamente inundadas porque os diques não conseguiram conter a água das chuvas.
Ao final de vários dias de fortes precipitações, as autoridades tiveram de abrir as comportas de várias represas sobrecarregadas, provocando inundações em várias instalações da província de 2,5 milhões de habitantes.
Somente na província de Benguet, 120 pessoas morreram nos deslizamentos de terra quinta e sexta-feira em cinco localidades, indicou o governador Nestor Fongwan.
O norte das Filipinas enfrenta problemas com as inundações, duas semanas após a passagem da tempestade Ketsana que provocou as piores enchentes em 40 anos na capital, Manila, e seus arredores.
O último balanço do Ketsana, anunciado nesta sexta-feira, passou de 298 para 337 mortos, além de 37 pessoas desaparecidas.
"Os danos são enormes. Vários deslizamentos ocorreram na região, onde as equipes ainda estão resgatando os corpos de vítimas", explicou Olive Luces, chefe regional da Defesa Civil.
Na cidade montanhosa de Baguio, 25 pessoas foram mortas por um deslizamento que soterrou várias casas, disse o funcionário da Defesa Civil e administrador local Peter Fianza.
Outro deslizamento, na Província Montanhosa, deixou cinco mortos e 32 desaparecidos, segundo o governador provincial Maximo Dulag.
Na província de Pangasinan, que está debaixo d'água, milhares de habitantes se refugiaram nos telhados das casas e esperam por ajuda.
"Há vários lugares aos quais só se pode chegar em embarcações pneumáticas porque a corrente é muito forte", explicou o governador da província, Amado Espino.
O exército americano, que enviou tropas para Manila depois da passagem do Ketsana, despachou suas equipes para o norte com equipamentos e transportes aéreos, anunciou o exército filipino.
Em Manila, situada ao sul de Luzón, quase 300 mil pessoas permaneciam alojadas em centros de evacuação improvisados. Suas casas se encontram inundadas ou ameaçadas pelas fortes chuvas.
A tempestade Ketsana, que se transformou em tufão, também atingiu o Vietnã, o Camboja e o Laos, e foi seguida, nas Filipinas, pelo tufão Parma, que, apesar de menor intensidade, assola o norte do país desde sábado passado.