Agência France-Presse
postado em 09/10/2009 12:40
O Comitê Nobel norueguês, que nesta sexta-feira (9/10) concedeu o Prêmio da Paz ao presidente americano, Barack Obama, menos de nove meses após sua posse, rejeitou as críticas segundo as quais o prêmio foi prematuro.
[SAIBAMAIS]"Queremos destacar que ele já provocou mudanças significativas", afirmou Geir Lundestad, secretário do Comitê Nobel, citando avanços nas relações multilaterais, o desarmamento e a luta contra a mudança climática como exemplos das conquistas obtidas por Obama.
"Naturalmente temos a esperança de que haverá muitas mudanças concretas no decorrer dos anos, mas pensamos que seria bom fortalecê-lo o máximo que podemos em suas lutas por seus ideais", acrescentou o influente secretário.
O líder anticomunista polonês e Nobel da Paz em 1983 Lech Walesa disse nesta sexta-feira que achava cedo demais conceder o prêmio a Obama.
"Quem? Obama? Muito rápido. Ele não teve tempo de fazer nada até agora", declarou aos jornalistas em Varsóvia.
O diretor do Comitê Nobel Norueguês, Thorbjoern Jagland, rejeitou as críticas em entrevista à imprensa após o anúncio do prêmio.
"Se vocês olharem a história do Prêmio Nobel da Paz, muitas vezes o concedemos para tentar realizar o que muitas personalidades estavam tentando fazer", disse.
Jagland mencionou o chanceler da Alemanha ocidental Willy Brandt, premiado com o Prêmio Nobel da Paz em 1971 por sua Ostpolitik, como um exemplo, assim como Mikhail Gorbachov, o último líder soviético a receber o Nobel da Paz em 1990, pouco antes do fim da Guerra Fria.