Agência France-Presse
postado em 12/10/2009 12:49
PESHAWAR - Um novo atentado sangrento contra militares matou 41 pessoas, a maioria civis, nesta segunda-feira (12/10), no norte do Paquistão. A tragédia ocorreu um dia após um ataque e um sequestro no quartel do exército perto de Islamabad, assumidos por talibãs ligados à Al-Qaeda.
Quase 280 atentados, cometidos a maioria por camicases talibãs, mataram mais de 2.200 pessoas em todo país em pouco mais de dois anos. Esse novo bombardeio coincide com os ataques de instalações de talibãs nas zonas trinais do noroeste do país, fronteira com o Afeganistão, para preparar uma ampla ofensiva que o ministro do Interior garantiu ser "iminente". Ontem e hoje, 31 talibãs morreram segundo o Exército. E, de acordo com um ministro da província, 35 civis e 6 soldados perderam a vida no atentado de hoje, cometido por um camicase a pé contra um comboio de caminhões militares que atravessam uma via lotada na cidade de Alpuri. O local fica próximo ao vale do Swat, onde o exército realizou na primavera uma ampla ofensiva contra os talibãs.
"Temos capacidade suficiente de atacar onde quisermos no Paquistão. Nós podemos atingir os locais mais importantes do país", declarou nesta segunda-feira Azam Tariq, porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP). O grupo é o principal responsável pela onda de atentados sangrentos no país desde o verão de 2007.
O exército se prepara para lançar uma ampla ofensiva no principal reduto do TTP, o Waziristão do Sul, um dos distritos tribais fronteiriços com o Afeganistão. No local, segundo Washington, a rede al-Qaeda e os talibãs afegãos implementaram bases para realizar ataques em território afegão.