Agência France-Presse
postado em 12/10/2009 16:15
Um jordaniano de 21 anos foi condenado nesta segunda-feira (12/10) a 15 anos de prisão e trabalhos forçados por ter assassinado a facadas a própria irmã, a quem acusava de manter uma relação extraconjugal, informou uma fonte judicial.
É raro que a justiça da Jordânia seja tão severa com os chamados 'crimes de honra', embora homicidas normalmente sejam condenados à morte.
O jovem, que não teve a identidade revelada, foi acusado em maio de 2008 da morte premeditada da irmã, de 18 anos, casada. Ele a esfaqueou 26 vezes, e afirmou à corte que ela mantinha um relacionamento com outro homem além de seu marido.
"Ele disse que queria lavar a honra da família, mas a corte criminal não viu motivos para comutar ou reduzir a sentença", como pediram os familiares do réu, "sobretudo porque o acusado estava a par do relacionamento (de sua irmã) e planejou o homicídio", segundo a mesma fonte.
O artigo 340 do código penal da Jordânia estabelece que um marido "que surpreenda a esposa, ou a qualquer parente do sexo feminino" em um ato sexual pode invocar como defesa "o crime pela honra" se matar a vítima.
O artigo 39, por sua vez, diz que qualquer um que cometa um crime movido pela ira provocada por atos sexuais extraconjugais pode alegar "circunstâncias atenuantes".