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Militares hondurenhos visualizam fim da crise política

Agência France-Presse
postado em 14/10/2009 14:02
TEGUCIGALPA - Os militares hondurenhos visualizam o fim da crise política iniciada em 28 de junho quando um golpe tirou do poder o presidente Manuel Zelaya, mas estão avaliando os riscos das propostas de acerto, afirmou nesta quarta-feira (14/10) o chefe de Estado Maior do país, general Romeo Vásquez. "Avançamos bastante, estamos quase no final de uma crise porque a crise sempre tem um final; tem começo, auge, e também um final", declarou Vásquez, chefe do Estado Maior conjunto das Forças Armadas, que desempenhou um papel chave no golpe contra Zelaya, à rádio HRN. Vásquez afirmou que os os diálogos entre delegados de Zelaya e do presidente de fato, Roberto Micheletti, continuam, para avaliar os riscos em que isto possa implicar. As comissões de ambas as partes consideram que os acordos avançaram em 90%, com base em uma proposta do presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, Oscar Arias, como mediador, mas falta negociar o ponto essencial, a restituição de Zelaya. "Nós estamos fazendo todas as análises correspondentes, mas precisamos lembrar que temos autoridades superiores, que estão informados de nossas preocupações através da rede de comandos", disse Vásquez. "Sempre falamos com nosso ministro da Defesa (do regime de fato, Adolfo Sevilla) e nosso comandante geral, o presidente da República (Micheletti), em todas aquelas preocupações que possam ter", acrescentou. Ele indicou que as recomendações ao governo de fato são feitas em particular, que não são situações públicas, mas da esfera privada. "Nossa instituição está tentando ser muito profissional e prudente em todas as situações em que o diálogo possa afetar nossas Forças Armadas", declarou. "Qualquer aspecto que seja passível de risco é analisado e também os comunicamos a nossos superiores tentando fazer tudo o que podemos para proteger membros das Forças Armadas", disse. Além disso, afirmou que os militares protegerão o processo das eleições de 29 de novembro, que o Frente de Resistência contra o Golpe ameaçou boicotar se Zelaya não voltar ao poder.

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