Agência France-Presse
postado em 15/10/2009 15:58
A União Europeia (UE) concluiu nesta quinta-feira com a Coreia do Sul um Tratado de Livre Comércio (TLC), o mais importante assinado até agora com um país, que abre uma via de aproximação à qual podem se somar outras nações asiáticas.
O TLC representa "o primeiro acordo de livre comércio da nova geração", com "um país com o qual tradicionalmente mantemos barreiras comerciais elevadas", destacou a comissária europeia de Comércio, Catherine Ashton, ao ratificar o acordo em Bruxelas.
Após dois anos de negociações, o acordo preliminar permitirá eliminar praticamente todas as tarifas alfandegárias entre as duas economias, gerando um volume subtancial comércio de bens e serviços, que podem chegar a 19 bilhões de euros (28 bilhões de dólares) para os exportadores europeus.
Em 2008, a UE era o segundo maior parceiro comercial da Coreia do Sul depois da China, com um volume de trocas acima de 90 bilhões de dólares (65 bilhões de euros).
"Se o acordo entrar em vigor, os investimentos comerciais bilaterais aumentarão significativamente", comentou o ministro sul-coreano do Comércio, Kim Jong-hoon.
O TLC ainda precisa ser assinado pelos 27 Estados membros da UE e pelo Parlamento Europeu, o que deve atrasar sua entrada em vigor até o "segundo semestre de 2010", segundo a Comissão Europeia.
As montadoras europeias fizeram um apelo aos países do bloco para que não ratifiquem o acordo com os sul-coreanos, alegando que eles se beneficiarão ao importar produtos a preços "desleais".
O setor denuncia principalmente as vantagens fiscais de que gozam as empresas sul-coreanas quando exportam um producto fabricado com material importado: é o caso das empresas que fabricam veículos com peças chinesas.