Mundo

OEA ainda acredita em acordo para Honduras

Agência France-Presse
postado em 15/10/2009 20:20
A missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que promove o diálogo em Honduras ainda acredita em um acordo com o governo de fato para a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya. "Honduras vai seguir vivendo, sempre, não vai morrer por esta crise, vai superá-la, este dramatismo final é absolutamente excessivo, é um país querido, que vai voltar à comunidade internacional, que vai encontrar um acordo", disse John Biehl, que lidera a delegação de funcionários da OEA em Tegucigalpa. [SAIBAMAIS]"Sou otimista até o último momento. Estão fazendo (os negociadores) o melhor que podem para obter um acordo", destacou Biehl, assessor do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. Delegados de Zelaya e do presidente de fato, Roberto Micheletti, negociam contra o tempo em busca de um acordo que permita a volta do presidente deposto ao poder. Zelaya advertiu que o diálogo para resolver a crise política está ficando "extremamente delicado e perigoso", e confirmou o prazo até a meia-noite de hoje para sua restituição. "Prossegue o diálogo, mas o clima é extremamente delicado e perigoso. Mantemos nosso prazo, que vence à meia-noite desta quinta-feira (03H00 Brasília de sexta)". O presidente deposto por um golpe de Estado em 28 de junho passado está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa desde que voltou secretamente ao país, no dia 21 de setembro. O retorno de Zelaya ao poder é o eixo do Acordo de San José, proposto pelo presidente de Costa Rica, Oscar Arias, para solucionar a crise hondurenha. Além de estabelecer a volta do presidente deposto, o acordo prevê anistia política, a formação de um governo de união nacional e o compromisso de Zelaya de não convocar uma Assembleia Constituinte até o fim de seu mandato, que termina em 27 de janeiro de 2010, pontos sobre os quais já há consenso.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação