Agência France-Presse
postado em 17/10/2009 09:50
Cerca de 154.000 pessoas são mantidas prisioneiras em seis campos de trabalho forçado na Coreia do Norte, afirmou neste sábado um deputado sul-coreano.
De acordo com Sang-Hyun, deputado do Grande Partido Nacional (conservador), cerca de 200.000 prisioneiros estavam encarcerados nos campos de concentração no final dos anos 1990, até que as autoridades fecharam quatro deles por causa de pressões internacionais.
"Atualmente, 154.000 prisioneiros estão detidos em seis campos de trabalho" forçado, declarou Sang-Hyun à agência de notícias sul-coreana Yonhap, baseando-se em um relatório enviado à Assembleia Nacional.
A Corea do Norte nega que tenha presos políticos, e a propaganda oficial sustenta que os norte-coreanos gozam da vida "mais digna e feliz que existe".
Segundo o jornal sul-coreano Dong-A, os prisioneiros dos gulags (sistema de centros penitenciários da União Soviética) são obrigados a trabalhar mais de dez horas por dia, não recebem cuidados médicos e contam apenas com de 100 a 200 gramas diários de alimentos.
Esse diário assegura que nesses campos não há apenas presos políticos, como também pessoas acusadas de terem desrespeitado o líder Kim Jong-Il. Os detidos que tentarem escapar podem ser condenados à pena de morte e as mulheres presas sofrem constantes abusos sexuais, indica o Dong-A.