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Termina a cúpula da Alba com nova moeda e sanções contra Honduras

Agência France-Presse
postado em 17/10/2009 17:14
COCHABAMBA - Foi encerrada há pouco, na Bolívia, a VII Cúpula da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), com a criação de uma nova moeda (o Sucre), a aprovação de sanções econômicas e comerciais contra o regime de fato de Honduras e críticas ao uso de bases militares por parte dos EUA na Colômbia. Na sexta-feira, os presidentes de Bolívia, Cuba, Equador, Venezuela, Dominica, Antigua e Barbuda, e São Vicente e Granadinas decidiram por unanimidade "aplicar sanções econômicas e comerciais contra o regime golpista" de Honduras, que derrubou em junho o presidente Manuel Zelaya. A resolução também recomenda um pedido à ONU de envio de representantes a Honduras para exigir o "respeito à inviolabilidade da missão diplomática (do Brasil) e condições de segurança e humanitárias adequadas para a permanência do presidente Zelaya" na sede diplomática. Zelaya está refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa há três semanas. "A Alba tem que buscar medidas mais severas contra os golpistas que estão matando e atropelando os Direitos Humanos diante do mundo", disse Chávez durante a reunião. A Alba também aprovou a assinatura do tratado constitutivo do Sucre, que visa substituir o dólar nas transações comerciais entre os países membros. Esse é um sistema virtual de pagamento para o intercâmbio inter-regional, embora seu regulamento ainda deve ser submetido a debates. Após a sua implementação, que será gradual, os países da Alba pretendem aplicar posteriormente, também sem data definida, uma moeda comum, assim como o euro na Europa. Para que o Sucre entre em vigência, os países terão que fazer depósitos em suas respectivas moedas locais no Banco da Alba cuja sede fica localizada em Caracas. O Sucre "é um passo para a nossa soberania monetária para nos libertarmos da ditadura do dólar, que o império ianque impôs ao mundo", ressaltou Chávez. A Alba, criada em 2004 por Cuba e Venezuela, reúne países seguidores de uma ideologia de esquerda, que se opõem aos tratados de livre comércio com Estados Unidos e Europa.

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