postado em 20/10/2009 13:01
A 16ª Feira Internacional de Imprensa e Jornalismo foi aberta hoje (20) em Teerã, capital do Irã. O evento reúne, até o dia 28 de outubro, jornalistas de 35 países, que representam 1,5 mil jornais e agências de notícias de todo o mundo. Pela primeira, a feira conta com a participação de jornais universitários, no total de 1,8 mil, de 21 instituições de ensino superior.
Seiscentos estandes foram montados no espaço em que a feira se realiza, entre eles o da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que foi convidada para participar desta edição.
O objetivo da evento é promover a troca de experiência entre a imprensa iraniana e a estrangeira. Os organizadores pretendem desfazer a imagem negativa sobre o Irã que muitas vezes é retratada em jornais de outros países.
Na abertura da feira, o ministro da Cultura e Orientação Islâmica do país, Mohammad Hosseini, destacou que a ideia é fazer com que os jornais iranianos sejam um espelho da vida da população, para, dessa forma, ajudar a transformar a realidade dessas pessoas.
No discurso, Hosseini também defendeu a isenção da imprensa. Ele ressaltou que o bom jornalismo não pode passar apenas a versão de uma das partes envolvidas, mas deve apresentar uma notícia isenta para que o cidadão possa ter uma informação verdadeira.
Para o ministro, a missão da imprensa deve ser resolver os problemas reais da vida dos cidadãos. Hosseini criticou a BBC persa, que, segundo ele, distorceu informações sobres as últimas eleições ocorridas no país.
Durante a abertura, a neta do profeta Maomé, que completaria anos hoje se estivesse viva, foi homenageada. Como é de costume em eventos realizados no país, trechos do Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos) foram lidos antes dos discursos das autoridades e no encerramento da solenidade.