Agência France-Presse
postado em 20/10/2009 19:58
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou agora à noite o atentado suicida cometido domingo no Irã por rebeldes sunitas da organização Jundallah, declarou nesta terça-feira à imprensa seu presidente, o embaixador do Vietnã, Le Luong Minh.
[SAIBAMAIS]No ataque morreram, pelo menos, 40 pessoas, entre elas vários líderes da Guarda Revolucionária.
Dirigido por Abdolmalek Righi, 26 anos, o grupo Jundallah realiza operações armadas cada vez mais espetaculares no país, para afirmar seu domínio na província do Sistão-Baluchistão.
Os rebeldes do Jundallah são sunitas que pertencem à etnia baluche, uma importante minoria da população da província do Sistão-Baluchistão, situada na fronteira com o Paquistão e o Afeganistão.
Esta província do sudeste do Irã é a menos segura do país por causa dos rebeldes, mas também do tráfico de drogas provenientes do Afeganistão.
O governo iraniano havia prometido retaliar os Estados Unidos e o Reino Unido, acusando-os de responsáveis pelo pior ataque realizado em seu território, desde a guerra Irã-Iraque da década de 1980.
O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, chegou a culpar os que chamou 'governos arrogantes'- expressão habitualmente utilizada para designar os Estados Unidos, pelo atentado suicida de domingo.
"Esse crime terrorista revela a face maligna dos inimigos da segurança e da unidade e que são apoiados pelas organizações de inteligência de alguns governos arrogantes", afirmou.
"A mão poderosa do governo islâmico vai punir os violadores da segurança do povo por suas ações traiçoeiras", prometeu.