Agência France-Presse
postado em 23/10/2009 18:33
WASHINGTON - O governo de fato e o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, devem obter um acordo "urgente" para solucionar a crise hondurenha, assinalou nesta sexta-feira (23/10) o porta-voz do departamento de Estado, Ian Kelly, estimando que no momento não há condições para eleições transparentes naquele país.
[SAIBAMAIS]"Usaria a palavra 'urgente'. Acredito que há uma necessidade real de que as duas partes obtenham um acordo e o implementem rapidamente", disse Kelly à imprensa. O porta-voz rejeitou que o diálogo em Honduras tenha efetivamente fracassado.
Zelaya, que foi destituído do poder em 28 de junho, por um golpe de Estado, declarou encerradas as negociações diante da falta de acordo sobre o ponto central das tratativas, seu retorno à presidência.
Após a decisão, adotada à meia-noite de quinta-feira, o governo em Honduras propôs a renúncia do presidente de fato, Roberto Micheletti, em troca da desistência de Zelaya de voltar ao poder.
"Expressamos a aceitação do presidente Roberto Micheletti de se retirar da presidência da República se o senhor José Manuel Zelaya desistir de suas pretensões, dando passagem assim a um governo de transição e reconciliação nacional".
Kelly destacou que Washington quer "que estas eleições aconteçam de maneira aberta e transparente, com a adoção de certos mecanismos antes da votação". O diálogo não está concluído, "não damos isto por terminado, a OEA não desistiu e esperamos que ajam rapidamente" em Tegucigalpa.