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Londres defende candidatura de Blair à presidência da UE

Agência France-Presse
postado em 26/10/2009 17:33
O governo britânico elevou às alturas nesta segunda-feira a candidatura de Tony Blair ao posto cobiçado de presidente da União Europeia, apesar de suas chances que declinam a três dias de uma reunião de cúpula dos dirigentes europeus. [SAIBAMAIS]O chefe da diplomacia britânica, David Miliband, fez-se advogado do ex-primeiro-ministro trabalhista para a empreitada, prevista pelo Tratado de Lisboa, paralelamente a uma reunião em Luxemburgo com seus colegas da UE. "Se Blair for candidato, representará uma boa escolha. É convincente, é um verdadeiro europeu e sabe reunir", disse Miliband, que lançou a campanha domingo na BBC, antes de prossegui-la em Luxemburgo. "O tratado de Lisboa nos dá a oportunidade e a responsabilidade de desempenhar um papel importante em nível mundial. Temos necessidade de uma liderança forte para consegui-lo", insistiu. Mas esta candidatura está longe de representar a unanimidade. Por muito tempo considerado o grandde favorito, o ex-primeiro-ministro britânico viu sua estrela empalidecer nas últimas semanas. Os três países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburo) e Áustria lhe são claramente opostos. Deputados europeus lançaram semana passada uma petição contra ele. O próprio presidente francês Nicolas Sarkozy qualificou de "problema" a candidatura, uma vez que o Reino Unido não pertence à zona euro. O que não impediu o ministro das Relações Exteriores francês Bernard Kouchner de afirmar segunda-feira: "Eu mesmo, vosso humilde servidor, apoio Tony Blair". David Miliband, que teve o próprio nome citado para o cargo de Alto Representante ("ministro") de Relações Exteriores da União respondeu que Blair, por sua estatura, poderia falar de igual para igual com os Estados Unidos ou a China. "Devemos sonhar com uma Europa mais unida, não com um passado que dividiu os europeus", disse Miliband aos que criticam o apoio total de Tony Blair à guerra no Iraque. As discussões sobre os candidatos a estes dois cargos criados pelo Tratado de Lisboa poderiam começar a partir da cúpula dos chefes de Estado e de governo na quinta-feira, 27, e sexta-feira, em Bruxelas, indicou a ministra sueca das Relações Europeias, Cecilia Malmström, cujo país preside a UE. O ministro espanhol Miguel Angel Moratinos mostrou-se prudente. "Mantemos boas relações" com Tony Blair mas "tudo ainda está na fase de discussões", disse. Além do nome de Blair, circulam os nomes do premier de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, de seu colega holandês, Jan Peter Balkenende ou do ex-chanceler austríaco, Wolfgang Schüssel.

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