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Escândalo no Senegal: presidente deu 133 mil euros a agente do FMI

Agência France-Presse
postado em 27/10/2009 15:20
O caso da valise de dinheiro oferecida a um agente do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Senegal, com um montante de 133.000 euros, colocou numa situação muito difícil o presidente Abdulaye Wade, que negou nesta terça-feira a acusação de corrupção e atribuiu o caso a um "erro" cometido por um assistente seu. [SAIBAMAIS]O presidente Abdulaye Wade contou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que entregou mais de 133.000 euros ao representante do FMI em Dacar, o espanhol Alex Segura, como "presente de despedida". "O presidente do Senegal confirmou ao FMI ter dado um presente em dinheiro a Segura", no dia 25 de setembro, afirmou o FMI em comunicado recebido pela AFP em Dakar. O texto precisa que o presente foi de 100.000 euros e de 50.000 dólares americanos (33.000 euros). Um mês após os fatos, o FMI afirma no texto que "o presidente alega que o dinheiro foi entregue na qualidade de presente tradicional de despedida a Segura, em reconhecimento à sua contribuição ao Senegal, e não era destinado de modo algum a influenciá-lo - num momento em que que estava indo embora do país - nem ao FMI". O agente espanhol - que havia criticado muitas vezes a forma de gestão do dinheiro público pelo Estado senegalês - foi convidado in extremis a jantar com Abdulaye Wade. Foi depois da refeição que ele recebeu seu "presente". O presidente Wade, de 84 anos, candidato à própria sucessão em 2012, apareceu na defensiva nesta terça-feira, ante a imprensa, recusando-se a falar do assunto. O polêmico caso começou no dia 25 de setembro quando o representante do FMI no Senegal, o espanhol Alex Segura, deveria deixar Dacar com destino a Paris, no último dia de sua missão de três anos no país africano. O chefe de Estado sustenta que o montante do "presente" entregue a Segura resultou de um erro cometido por seu assistente. "Este perguntou ao presidente da República se ele não deveria dar alguma coisa como de costume ao representante do Fundo que deixava o país. O presidente da República respondeu que sim, sem precisar a soma, porque havia uma prática neste sentido e o ajudante se enganou", afirmou Wade.

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