Agência France-Presse
postado em 29/10/2009 21:01
O cientista americano que trabalhou na Nasa e no Pentágono e foi preso por tentar espionar para Israel pode ser condenado à pena de morte nos Estados Unidos, revelam documentos obtidos nesta quinta-feira pela AFP.
[SAIBAMAIS]Stewart David Nozette, de 52 anos, é acusado de "tentar, deliberadamente, comunicar, entregar e transmitir informação sigilosa, relacionada à defesa nacional dos Estados Unidos, a um indivíduo que acreditava ser funcionário da inteligência israelense", anunciou o departamento.
Com doutorado em astronomia na Universidade de Massachusetts, Nozette trabalhou para a Casa Branca entre 1989 e 1990, e para o departamento de Energia até 1999, quando teve autorização especial para ver documentos secretos relacionados a armas nucleares.
"A pena máxima prevista" para o acusado "é a morte", destaca o governo federal nos documentos verificados pela AFP.
"As acusações são extremamente graves", afirma o governo, lembrando que Nozette "tentou passar informações secretas e muito sensíveis".
Segundo os documentos, Nozette representa "um grave risco de vazamento e, como ainda possui informações secretas, um risco sério para a segurança nacional".
Os documentos revelam ainda que Nozette pediu cerca de "dois milhões de dólares por suas atividades de espionagem".