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Maliki quer ajuda da ONU para impedir ingerências de países vizinhos

Agência France-Presse
postado em 02/11/2009 18:52
BAGDÁ - O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki pediu nesta segunda-feira (2/11) que a ONU pressione os países vizinhos para impedir suas "ingerências" no Iraque, no momento em que um emissário das Nações Unidas se encontra em Bagdá para uma missão preliminar de análise das condições de segurança no país após os recentes atentados. Maliki também afirmou que as três pessoas presas por terem participado do duplo atentado que matou cerca de 150 pessoas em Bagdá, na semana passada, confessaram que haviam recebido uma ajuda da Síria. A visita do emissário da ONU Oscar Fernandez-Taranco ocorre depois dos atentados e dos ataques que deixaram em agosto cerca de cem mortos. "É tempo de a ONU agir para pôr fim ao derramamento de sangue", disse Maliki durante uma reunião com a autoridade da ONU, segundo um comunicado de seu gabinete. Os esforços de "mediação nesse sentido não deram certo e por isso nos dirigimos à ONU". "Acreditamos que uma advertência da ONU aos países vizinhos, exigindo que não haja ingerência nos nossos assuntos internos será o melhor meio" de obter resultados, ressaltou. O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon havia anunciado na quarta-feira que ia, a pedido de Bagdá, enviar M. Fernandez-Taranco ao Iraque para consultas com o governo "sobre questões de segurança e de soberania". Bagdá exige uma investigação independente sobre os atentados de agosto e do final de outubro, e esse emissário é está encarregado de uma missão preliminar. O enviado da ONU afirmou, entretanto, que tem como objetivo em sua visita analisar por alto o estado da segurança no Iraque, e indicou que a ONU examina o pedido iraquiano por uma investigação, segundo o comunicado do gabinete de Maliki.

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