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Representante da ONU para direitos humanos foi a primeira juíza negra da África do Sul

postado em 04/11/2009 17:28
À frente do escritório do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos (ACNUDH) desde setembro do ano passado, a sul-africana Navanethem Pillay é um exemplo de superação e luta. Negra, foi a primeira magistrada não branca da Corte Suprema de seu país e foi eleita para a ONU por recomendação do secretário-geral Ban Ki-Moon. Na próxima semana, ela estará no Brasil onde deve discutir temas como a violência urbana, os confrontos entre policiais e integrantes de quadrilhas, além da proliferação do uso de drogas entre crianças e adolescentes.

Em 2003, Navy %u2013 como é conhecida %u2013 atuou como juíza no Tribunal Penal Internacional de Haia (Países Baixos). Anteriormente, integrou como juíza e presidente o Tribunal Penal Internacional das Nações Unidas para Ruanda.

Navy Pillay construiu sua biografia ao inovar, em 1967, em pleno regime de apartheid na África Sul, abrindo um escritório de advocacia na província de Natal. Consolidou sua carreira em defesa do fim do regime de segregação e de suas vítimas. Foi a primeira mulher negra a ser nomeada juíza do Supremo Tribunal de Justiça da África do Sul.

Desde então, Navy Pillay concentrou suas atenções na defesa das crianças, dos presos políticos, das vítimas de tortura e de violência doméstica.

Com sede em Genebra (Suíça), o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas tem cerca de 1 mil funcionários, em 50 países, e orçamento anual de US$ 150 milhões. Os principais objetivos do comissariado são promover o respeito universal aos direitos humanos fundamentais e garantir a proteção dos direitos e das liberdades individuais para todos.

Navy Pillay viaja pelo mundo para chamar a atenção sobre eventuais violações de direitos humanos, estimula a promoção da educação e o desenvolvimento de leis internacionais nesta área e analisa a situação dos direitos humanos nos estados que integram a ONU.

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