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General da ditadura argentina xinga advogado em julgamento

Agência France-Presse
postado em 04/11/2009 18:44
BUENOS AIRES - O general reformado Fernando Verplaetsen xingou nesta quarta-feira um promotor durante seu julgamento por crimes de lesa humanidade, ocorridos na época da ditadura militar argentina.

"Filho da puta, vai à puta que te pariu", disse Verplaetsen ao promotor Pablo Llonto quando este citava os crimes do general.

O juiz repreendeu Verplaetsen, de 84 anos, que fingiu não entender o que ocorria: "não sei a quem devo me dirigir (...), não ouço, não ouço".

Verplaetsen foi o temido chefe de inteligência do quartel de Campo de Mayo, um dos maiores campos de prisioneiros da ditadura (1976/83) argentina, onde também funcionou uma maternidade clandestina.

Além de atuar no Campo de Mayo, Verplaetsen chefiou a polícia de Buenos Aires e, anos depois, presidiu a Associação da Unidade Argentina (Aunar), que 15 anos após a volta da democracia, em 1983, seguia afirmando que a "luta contra a subversão foi saudável e patriótica".

Além de Bignone e Verplaetsen, são julgados os ex-generais Santiago Riveros, Eugenio Guañabens Perelló, Carlos Tepedino, Jorge García e Germán Montenegro, por crimes contra 56 vítimas no Campo de Mayo.

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