Agência France-Presse
postado em 05/11/2009 08:49
TEGUCIGALPA - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu na noite de quarta-feira (4/11) à população que pressione o Congresso a se reunir para definir sua restituição, em meio à incerteza pela interpretação do acordo que pretende acabar com a crise.
[SAIBAMAIS]"Todos os habitantes, mesmo os da União Cívica Democrática, e outros líderes da resistência que ofereceram seu sangue pela democracia, devem se manifestar amanhã (quinta-feira) para que o Congresso não seja a causa do não cumprimento do acordo", declarou Zelaya a rádio Globo.
Ao mesmo tempo, a União Cívica, uma aliança de organizações que dá apoio ao presidente de fato, Roberto Micheletti, pediu a este último que não permita a entrada no país do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, já que o considera 'persona non grata" por sua política "intervencionista".
Membros da Frente de Resistência contra o Golpe de Estado, que exigem a restituição de Zelaya na presidência, protestaram na noite de quarta-feira diante do Congresso para presionar os deputados a votar reintegração do presidente deposto.
Zelaya também agradeceu a declaração do Departamento de Estado americano de que Washington é favorável a sua restituição. "Obrigado à secretária Hillary Clinton e a todo o Departamento de Estado, ao presidente (Barack) Obama, porque a declaração era necessária", afirmou.
Zelaya havia solicitado em uma carta a Hillary que os Estados Unidos explicassem sua posição a respeito da situação institucional em Honduras após o acordo assinado pelas partes em disputa na sexta-feira passada.