Agência France-Presse
postado em 09/11/2009 10:22
SEUL - Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim, Seul deve estar preparada para uma abertura inesperada da fronteira com a Coreia do Norte, a última herdada da Guerra Fria, adverte a imprensa sul-coreana.
"O aniversário da queda do Muro de Berlim nesta segunda-feira é a oportunidade para que o povo das duas Coreias reflita sobre a dura realidade de sua divisão", afirma o jornal Dong-A Ilbo.
Para o Korea Herald, não se pode descartar que aconteça no país algo parecido com o registrado na Alemanha. "Assim como a queda do Muro de Berlim pegou os alemães ocidentais com a guarda baixa, a queda da fronteira pode surpreender os sul-coreanos", destaca o jornal, que menciona os recentes problemas de saúde do líder norte-coreano Kim Jong-Il. "A pergunta chave é saber se a Coreia do Sul está pronto ou não para uma reunificação, como a Alemanha Ocidental. A resposta, claramente, é não", completa o Herald, que insiste no custo de uma reunificação das Coreias.
O Japão colonizou a península coreana de 1910 a 1945. Após a derrota nipônica na Segunda Guerra Mundial, a região foi dividida em duas zonas sob influência americana e soviética. Os dois países proclamaram a independência em 1948. Em 1950 o Norte, amparado pela União Soviética, invadiu o Sul sob influência dos Estados Unidos, dando início a uma guerra de três anos.
Atualmente as duas Coreias permanecem, tecnicamente, em guerra, já que ao fim do conflito não foi assinado um tratado de paz, e sim um armistício.