Agência France-Presse
postado em 09/11/2009 10:30
BAGDÁ - Um alto comandante militar americano no Iraque colocou em dúvida as capacidades técnicas de um instrumento de detecção de explosivos utilizado pela polícia iraquiana, que também reagiria com certos perfumes e com as próteses dentárias de metal.
"Duvidamos da capacidade técnica deste módulo que é amplamente utilizado pelas forças iraquianas", declarou o general Robert Rowe em uma entrevista coletiva em Bagdá, ao comentar um detector em forma de pistola com uma antena que gira perto do explosivo.
O ADE 651, de fabricação britânica, é utilizado pela forças de segurança iraquianas nos diversos postos de controle espalhados pela capital. Mas o ADE 651, que também pode ser um detector de metais, reage da mesma maneira com os perfumes e as próteses dentárias de metal.
O general Rowe afirmou preferir métodos mais tradicionais de detecção como "militares bem treinados e policiais que reconhecem atitudes que os levam a dar mais atenção, como quando revisam as malas no aeroporto". "Cães adestrados, detectores de raios X, scanners ou câmeras poderiam ser melhor utilizados", completou.
Os métodos tradicionais, no entanto, significam esperas de vários minutos nos postos, contra menos de um atualmente. As autoridades iraquianas precisam enfrentar dois problemas que condicionam a normalização socioeconômica e que neste caso se opõem: a segurança e a fluência do trânsito.