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OEA vai voltar a discutir crise política em Honduras

Agência France-Presse
postado em 09/11/2009 21:47
O conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou para amanhã (10) uma reunião extraordinária em Washington, nos Estados Unidos, para discutir a crise política em Honduras. Na semana passada, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, pediu a retomada do acordo.

Na frente do Congresso hondurenho, os manifestantes continuam em vigília pela volta de Manuel Zelaya à Presidência. Como as conversas não avançam entre os governos golpista e deposto, Zelaya criticou os Estados Unidos por rumores de que o país enviaria observadores para as eleições de Honduras, mesmo se o presidente deposto continuar cercado na Embaixada do Brasil, onde está abrigado. ;Sentimos pelas últimas declarações que os Estados Unidos estão fraquejando em defesa da democracia e o governo norte-americano está demonstrando debilidade diante dos golpistas;, disse Zelaya.

Já o governo golpista, num comunicado, acusa Zelaya de se fazer de vítima e de mudar de atitude por causa do Grupo do Rio, que se mostrou descrente, na semana passada, em relação ao acordo para pôr fim à crise política. O ministro de Comunicação e Imprensa do governo de fato, René Zepeda, disse que ;essa mudança de atitude por uma das partes coincide com o pronunciamento do Grupo do Rio, especialmente da [Aliança Bolivariana da América] Alba, que se mostram céticos em relação ao acordo.;

Mesmo com o impasse político, o Tribunal Superior Eleitoral hondurenho anunciou que o material para as eleições chega ainda nesta semana aos principais centros de votação do país. Hoje (9) os candidatos participaram de um debate sobre educação. O líder nas pesquisas, Porfírio Lobo, do Partido Nacional, disse que a saída para a crise política depende das eleições. ;A solução está nas eleições, quando o povo terá a oportunidade de depositar o voto e escolher o presidente que irá governar o país;, afirmou Lobo.

Um dos candidatos, Carlos Reyes, que apoia Zelaya, anunciou a desistência de concorrer às eleições porque o presidente deposto ainda não voltou ao poder.

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