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Cingapura proíbe até protestos individuais na reunião da Apec

Agência France-Presse
postado em 10/11/2009 12:24
CIDADE DE CINGAPURA - As autoridades de Cingapura, conhecidas pela rigidez em termos de ordem pública, endureceram ainda mais as políticas de segurança e proibiram até os protestos individuais durante reunião de cúpula da Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), que acontece no fim de semana. Firme aliado dos Estados Unidos, Cingapura se considera um alvo para ataques terroristas, mas também entrou em alerta a respeito dos ativistas locais e e estrangeiros que já perturbaram outras reuniões de líderes mundiais. Apesar de ninguém esperar manifestações similares aos protestos violentos que forçaram o cancelamento da reunião de países do Sudeste Asiático na Tailândia em abril, as autoridades de Cingapura não querem surpresas. "Temos o dever de garantir a segurança dos delegados, assim como também do público em geral", afirma um comunicado do comitê organizador da Apec. "Faremos o que for necessário para garantir a segurança, incluindo controles de fronteira reforçados durante este período. Os que transgredirem as normas serão tratados de acordo com nossas leis, sem importar a nacionalidade". As forças especiais da polícia e unidades de 'gurkas' nepaleses estão posicionadas diante dos prédios públicos e dos hotéis que receberão os líderes da Apec. Um dos principais dissidentes da cidade-Estado do Sudeste Asiático, o secretário-geral do Partido Democrático de Cingapura, Chee Soon Juan, acredita que o governo está utilizando a reunião como pretexto para impor restrições permanentes aos eventos políticos. "A Ata de Ordem Pública (POA) que proíbe até um protesto individual aponta de forma mais geral para o crescente desejo dos habitantes de Cingapura de ter mais espaço político, incluindo o direito de expressão de forma livre e pública", afirmou Chee Soon Juan. A reunião da Apec deve receber os presidentes americano Barack Obama, chinês Hu Jintao e russo Dmitri Medvedev, entre outros líderes.

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