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Obama se reuniu a portas fechadas com Netanyahu na Casa Branca

Agência France-Presse
postado em 10/11/2009 12:52
WASHINGTON - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi recebido na noite desta segunda-feira, na Casa Branca, pelo presidente Barack Obama, em meio às divergências entre os dois aliados sobre a tentativa americana de relançar o processo de paz no Oriente Médio. A Casa Branca havia declinado antes de confirmar o encontro, obrigando funcionários israelenses a negar que a ausência de um convite fosse uma falta de atenção para com Netanyahu. A Casa Branca também não previu uma cobertura especial para o evento, algo incomum para uma reunião do presidente com um alto dirigente estrangeiro, especialmente um primeiro-ministro de Israel. Os vínculos de Israel com a administração de Obama foram abalados devido à negativa de Netanyahu de atender ao pedido de Washington para congelar a colonização israelense na Cisjordânia antes da retomada das conversações de paz com os palestinos. Netanyahu foi visto pela imprensa pouco antes de sua chegada às 19h de segunda e saiu uma hora e quarenta minutos mais tarde, sem que em nenhum momento os dois dirigentes aparecessem juntos ante a imprensa. A bordo do avião que o conduziu a Washington, Netanyahu havia reafirmado sua vontade de "empreender imediatamente e sem pré-condições a retomada do diálogo de paz com os palestinos". Já a autoridade palestina, por meio de seu porta-voz Nabil Abou Roudeina, advertiu sobre a possível volta da violência "caso os Estados Unidos prossigam sem assumir o papel que se espera". Antes de ser recebido por Obama, o premier israelense mandou um recado para Mahmoud Abbas, o dirigente da Autoridade Palestina: "Aproveitemos a oportunidade para concluir um acordo histórico. Vamos negociar imediatamente". Antes da chegada de Netanyahu, o porta-voz de Obama, Robert Gibbs, reafirmou o pedido para que Israel suspenda a colonização dos territórios palestinos: "A política do governo dos Estados Unidos, há décadas, é de que a colonização deve terminar, e isto não é uma novidade desta administração". O funcionário fez tal declaração para dissipar o mal-estar provocado entre os palestinos pelas palavras da secretária americana de Estado, Hillary Clinton, que durante sua visita a Israel, no final de outubro, saudou a oferta de Netanyahu de limitar, antes que suspender por completo, a colonização judaica.

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