Agência France-Presse
postado em 10/11/2009 14:26
WASHINGTON - O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou nesta terça-feira (10/11) considerar difícil que as partes retomem o diálogo em Honduras; assinalou que a organização não pode sequer "considerar", no momento, o envio de missão de observação para as eleições de 29 de novembro.
"Não parece muito possível o reatamento de um diálogo" entre o presidente deposto, Manuel Zelaya, e o regime de fato, informou Insulza durante reunião extraordinária da OEA para tratar da crise em Honduras.
Insulza disse que nas últimas horas voltou a conversar com Zelaya, quem afirmou "não ter nenhuma disposição de voltar a dialogar com o governo de fato", chefiado por Roberto Micheletti. "Do ponto de vista político não existe nenhuma condição para enviar missão eleitoral a Honduras", destacou Insulza.
A OEA faz parte da missão de verificação do acordo alcançado no dia 30 de outubro para solucionar a crise em Honduras. Mas o pacto, que prevê a devolução do poder a Zelaya depois de aprovado pelo Congresso, não pôde ser aplicado devido a desavenças entre as partes.