Agência France-Presse
postado em 10/11/2009 14:32
WASHINGTON - John Allen Muhammad, conhecido como o "franco-atirador de Washington" por ter aterrorizado a capital americana em 2002, matando ao acaso 10 pessoas, num período de três semanas, será executado na noite desta terça-feira (10/11) na Virgínia (leste).
A Corte Suprema rejeitou na segunda-feira o último recurso apresentado por este homem negro de 48 anos, condenado à morte em 2004 pela série de agressões que, além disso, deixou três feridos, entre 2 e 22 de outubro de 2002 na região de Washington.
Muhammad já foi transferido para a prisão de Greensville, perto de Richmond, onde fica a câmara de execução, informou o porta-voz das autoridades penitenciárias da Virgínia, Larry Traylor. Às 21h locais (2h GMT), se o governador democrata do Estado da Virgínia não suspender a execução, receberá a injeção letal.
Para cometer seus assassinatos, Muhammad se escondia no porta-malas do automóvel para abater com um só tiro suas vítimas, na parte externa de centros comerciais, escolas ou postos de gasolina. Uma pessoa foi abatida em Washington, seis no Estado vizinho de Maryland e três na Virgínia.
Homens, mulheres, crianças, brancos, negros: ninguém parecia poder escapar do franco-atirador, que agia com um cúmplice, Lee Boyd Malvo, então com 17 anos. Malvo cumpre pena de prisão perpétua. Com formação de atirador de elite do Exército americano, John Allen Muhammad chegou a participar da primeira Guerra do Golfo.
Por duas vezes, a polícia encontrou no lugar do assassinato, presas a uma árvore ou num saco plástico, mensagens com os dizeres "Chamem-me Deus" ou "Seus filhos não estarão nunca seguros em nenhuma parte", e um pedido de US$ 10 milhões para deter o massacre.