Agência France-Presse
postado em 11/11/2009 13:54
WASHINGTON - O advogado do psiquiatra militar Nidal Hasan, autor do massacre na base militar americana de Fort Hood (Texas), pediu nesta quarta-feira (11/11) um julgamento justo para seu cliente.
Entrevistado pelo canal CNN, John Galligan insistiu na necessidade de "recordar o que queremos proteger: o direito a um julgamento justo". "Minha maior preocupação nesse momento é que este militar se beneficie da suposição de inocência e possa ter direito, como todos os americanos, a um julgamento justo e equânime", afirmou Galligan.
O advogado, contratado pela família do agressor, disse ter falado durante 30 minutos com seu cliente. Hasan, ferido com quatro balas depois do tiroteio que deixou 13 mortos e 42 feridos em 5 de novembro, saiu do coma em que se encontrava na segunda-feira e continua hospitalizado. Galligan disse que ainda não recebeu notificação das acusações que pesam contra seu cliente.
Os investigadores analisam possíveis vínculos entre o autor do tiroteio de quinta-feira passada e um imã nascido nos Estados Unidos, que as autoridades apresentam como um fervoroso simpatizante da Al-Qaeda, e a quem Hasan teria conhecido na mesquita de Virgínia, onde orava.
Hasan, 39 anos, frequentava em 2001 a mesquita Dar al-Hijrah de Falls Chruch, nos subúrbios de Washington, assim como o imã Anwar al-Aulaqui. Este último teria mantido vínculos com chefes da Al-Qaeda, entre eles dois terroristas do 11 de setembro de 2001, segundo um alto funcionário americano, falando ao Post.
Desde que o imã abandonou os Estados Unidos em 2002 com direção ao Iêmen, suas pregações pró-Al-Qaeda apareceram nos computadores de vários suspeitos em casos de terrorismo nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. Segundo a imprensa americana, no entanto, a natureza dos supostos vínculos entre os dois homens ainda não está clara.