Agência France-Presse
postado em 13/11/2009 08:57
O general Sarath Fonseka, que renunciou ao cargo de comandante do Estado-Maior da Defesa, afirma em sua carta de demissão que o governo do Sri Lanka temia que ele fomentasse um golpe de Estado depois de ter esmagado a rebelião dos Tigres Tâmeis em maio.
Fonseka, tratado como um herói no país por ter acabado com 37 anos de guerra contra a rebelião tâmil, que deixou entre 80.000 e 100.000 mortos, entregou na quinta-feira ao presidente Mahinda Rajapakse a carta de demissão como comandate do Estado-Maior da Defensa, um título honorário sem responsabilidade operacional que foi concedido em julho.
A carta evidencia uma repentina perda de confiança entre o general Fonseka e a hierarquia civil após o fim da rebelião separatista tâmil.
"Várias agências induziram ao erro Vossa Excelência com a menção de um possível golpe de Estado imediatamente depois da vitória contra os Tigres, o que sem dúvida levou à mudança de comando, apesar de meu desejo de continuar sendo o comandante do Exército até os 60 anos", escreveu o general, de 58.