Mundo

Imã que trocava e-mails com assassino de Fort Hood defende a matança

Agência France-Presse
postado em 16/11/2009 12:45
WASHINGTON - O imã iemenita que se correspondia por e-mails com o militar que assassinou 13 colegas na base militar do Texas (sul dos EUA) declarou mantinha uma relação de confiança com o psiquiatra e defendeu seu gesto em uma entrevista difundida segunda-feira pelo jornal Washington Post. O imã radical Anouar al-Aulaqui, suspeito, de acordo com as autoridades americanas, de ter ligações com a Al-Qaeda e que chamou o assassino, Nidal Hasan, de herói após a matança, aceitou responder às perguntas de um jornalista iemenita, que posteriormente cedeu ao Washington Post as anotações feitas durante a entrevista. O imã, nascido nos Estados Unidos e que pregava em uma mesquita da Virgínia (leste) frequentada por Hasan antes de ir para o Iêmen, confirma ter mantido com ele correspondência por e-mail desde o ano passado, e afirmou que Hasan, um psiquiatra do exército de origem palestina, confiava muito nele. O religioso descreveu Hasan como um muçulmano sério, que tinha um bom conhecimento da lei islâmica (sharia) e se mostrava comprometido em combater as ações dos Estados Unidos. O imã disse ainda ter respondido alguns e-mails do psiquiatra, mas se negou a revelar o conteúdo, como se o Fort Hood havia sido mencionado como um possível alvo. Aulaqui justificou, no entanto, que a morte das 13 pessoas, além dos 42 feridos, era autorizado pelo Islã porque se tratava de uma forma de guerra santa (jihad).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação