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Ministros fazem última reunião sobre o clima antes de Copenhague

Agência France-Presse
postado em 16/11/2009 13:20
COPENHAGUE - Os ministros do Meio Ambiente de 44 países-chave nas discussões sobre o clima iniciaram nesta segunda-feira (16/11) em Copenhague uma última reunião para preparar a conclusão de um acordo político negociado na cúpula mundial da ONU, que acontece em dezembro na capital dinamarquesa. Os representantes dos maiores poluidores - Estados Unidos, China, Brasil e Índia - e os de diversos países africanos e de pequenas nações insulares entre as mais pobres do planeta, "conversarão sobre temas sensíveis, como o financiamento e as metas a atingir", declarou a ministra dinamarquesa do Clima, Connie Hedegaard, antes da reunião. Esta reunião de dois dias, a portas fechadas, é "o lugar onde temos que ir verdadeiramente fundo nas discussões, inclusive sobre as questões difíceis, porque o tempo é curto", alertou a ministra, em comunicado publicado nesta segunda-feira. A presença destes ministros, procedentes de diversas partes do mundo, "mostra que existe uma verdadeira vontade de trabalhar em prol da conclusão de um acordo climático em Copenhague" em dezembro, acrescentou. Entretanto, a três semanas da abertura da conferência da ONU, que começa no dia 7 e vai até o dia 18 de dezembro, ainda não foi estabelecido um consenso sobre as questões mais delicadas, como os números da redução da emissão de gases de efeito estufa (principalmente dos países industrializados) e o financiamento do futuro acordo, indispensável para garantir uma transição econômica para um desenvolvimento limpo e ajudar os países mais pobres a se adaptarem às mudanças climáticas. A última rodada de negociações, no início deste mês em Barcelona, confirmou a constatação de que a reunião de Copenhague permitirá apenas a instauração de um "acordo político", e que a conclusão de um tratado internacional ficará para 2010. No entanto, Hedegaard disse nesta segunda-feira que continua trabalhando para obter "bons resultados" em dezembro. "Acho que há uma pressão muito forte em cima dos dirigentes, sobretudo os de países-chave, que sabem que não podem chegar de mãos vazias a Copenhague", acrescentou.

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