Agência France-Presse
postado em 18/11/2009 08:59
NAIRÓBI - A rebelião hutu de Ruanda (FDLR) denunciou a prisão na Alemanha de seu líder político, Ignace Murwanashyaka, e do adjunto deste, Straton Musoni, por considerar as mesmas injustificáveis e exigiu a libertação imediata de ambos.
"Murwanashyaka e Musoni são inocentes das acusações apresentadas contra ele", afirma um comunicado assinado pelo secretário executivo do movimento, Callixte Mbarushimana. "As FDLR não estão em nada envolvidas nas ações cometidas contra as populações civis ao leste da RDC" (República Democrática do Congo), completa o texto.
Murwanashyaka, 46 anos, líder das Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR), foi detido na terça-feira em Karlsruhe e Musoni, 48, na região de Stuttgart, após uma ordem de prisão da Corte Federal de Justiça da Alemanha.
Murwanashyaka, objeto de sanções do Conselho de Segurança da ONU, já havia sido detido e liberado na Alemanha, onde mora há alguns anos. Ele e Musoni são suspeitos de terem assumido o comando das FDLR, milícias paramilitares envolvidas nas guerras civis em Ruanda e na República Democrática do Congo (RDC).
Esta milícias são suspeitas da morte de centenas de civis entre janeiro de 2008 e julho de 2009, do estupro de muitas mulheres, saques e incêndios em vários vilarejos, deportação dos moradores e do recrutamento à força de meninos-soldados.