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Exército dos Estados Unidos busca resposta para recorde de suicídios em 2009

postado em 18/11/2009 16:01
Os suicídios no Exército americano provavelmente baterão recorde em 2009, um fenômeno que o Estado Maior não pode explicar e que parece ir além das missões dos EUA no Iraque e no Afeganistão. "No dia 16 de novembro, o Exército informou sobre o registro, durante o ano, de 140 suicídios de soldados na ativa, equivalente ao total de casos de 2008; Faltando um mês e meio para o final do ano, com certeza, terminaremos com um dado superior ao do ano passado", declarou terça-feira em entrevista à imprensa o número dois do exército, o general Peter Chiarelli. [SAIBAMAIS]Segunda-feira, foram anunciadas 71 mortes, suspeitas de suicídio, entre membros do serviço que não estavam mais na ativa, o que também superou o dado de 2008, acrescentou. A difusão da informação ocorre num momento em que o presidente Barack Obama estuda enviar mais tropas americanas ao Afeganistão, onde já há quase 68.000 militares americanos mobilizados. O Exército vem sofrendo um forte aumento de pressão com as guerras no Iraque e no Afeganistão, o que leva oficiais a denunciarem que os reiterados envios de tropas e o estresse do combate aumentam a depressão e os problemas familiares em suas fileiras. Mas Chiarelli preferiu dizer que as causas da crescente taxa de suicídios ainda não são claras, podendo ser explicadas por vários fatores. Aproximadamente um terço dos soldados que se suicidaram ainda não haviam sido enviados para nenhuma guerra, afirmou. Chiarelli informou que o Exército tem lançado iniciativas para tentar evitar suicídios e ensinar os soldados a se recuperarem dos traumas. "Acreditamos que, apesar destes dados, estamos avançando", afirmou.

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