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Obama deixa Seul após debates sobre Coreia do Norte e Irã

Agência France-Presse
postado em 19/11/2009 09:38
SEUL - O presidente americano, Barack Obama, deixou nesta quinta-feira (19/11) a Coreia do Sul para retornar aos Estados Unidos, encerrando assim sua primeira viagem à Ásia. Em Seul, quarta e última etapa da viagem, Obama analisou com o presidente sul-coreano Lee Myung-bak a questão nuclear norte-coreana e o acordo de livre comércio entre os dois países, que o Congresso americano ainda precisa ratificar. A respeito do programa nuclear de Pyongyang, o presidente americano anunciou que o enviado especial de seu governo, Stephen Bosworth, viajará a Coreia do Norte em 8 de dezembro para conversações diretas com as autoridades do regime comunistas. "Vamos enviar o embaixador Bosworth a Coreia do Norte no dia 8 de dezembro para iniciar discussões diretas com os norte-coreanos", declarou Obama. As conversações serão pautadas pelo retorno de Pyongyang à mesa de negociações multilaterais sobre o fim de seu programa nuclear. Em abril, o regime ditatorial abanconou as discussões que envolvem os Estados Unidos, as duas Coreias, China, Rússia e Japão sobre o fim do programa nuclear, um mês antes de testar pela segunda vez uma bomba atômica. Pyongyang anunciou em outubro que estava disposta a retomar as negociações a seis, iniciadas em 2003, desde que antes o país tenha um diálogo bilateral com os Estados Unidos. Obama afirmou na capital sul-coreana que os Estados Unidos e seus aliados discutem as consequências para o Irã de um bloqueio na questão do programa nuclear, ou seja, sanções agravadas. O presidente dos EUA afirmou ainda que a porta continua aberta para que o Irã aceite as propostas internacionais, mas criticou a incapacidade das autoridades iranianas em dizer "sim". "Por isto, Washington e seus aliados discutem agora as consequências", disse. "Prevemos que nas próximas semanas vamos estudar um conjunto de medidas potenciais que mostrarão ao Irã nossa determinação", declarou Obama. O Irã recusou na quarta-feira o envio ao exterior de seu urânio levemente enriquecido e pediu uma nova reunião em Viena com as grandes potências, por rejeitar o projeto de acordo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Obama iniciou a viagem pela região no Japão, antes de seguir para Cingapura, onde participou no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), e depois para a China, onde se reuniu com o presidente Hu Jintao.

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