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ONU confia em acordo com metas em Copenhague, mas quer compromisso de Obama

Agência France-Presse
postado em 23/11/2009 12:59
O principal nome da ONU para a questão do clima, Yvo de Boer, ainda acredita que a comunidade internacional pode alcançar um acordo preciso na conferência de Copenhague em dezembro, mas para isto será necessário que os Estados Unidos tenham um envolvimento sério.

"Acredito que teremos um acordo muito preciso em Copenhague", declarou De Boer à AFP em Bruxelas, onde assistiu a uma reunião de ministros europeus do Meio Ambiente preparatória para o encontro, que acontece de 7 a 18 de dezembro, cuja meta é elaborar um compromisso mundial que substitua o Protocolo de Kioto contra mudanças climáticas.

De Boer disse confiar na obtenção de "objetivos (de redução das emissões de CO2) dos países mais ricos, em um esclarecimento de que isto é o que grandes países em desenvolvimento, como Índia e China, estão dispostos a fazer, e em uma lista de contribuições" para financiar o combate ao aquecimento global nos países pobres.

[SAIBAMAIS]O diretor da ONU comemorou ainda as promessas feitas por Brasil, Coreia do Sul, Rússia e Japão, que se comprometeram a contribuir para frear o aumento das temperaturas, reconhecendo que a "questão chave agora está com os Estados Unidos".

"Acredito que o presidente americano, Barack Obama, pode vir a Copenhague com um objetivo (de redução de emissões) e uma contribuição financeira (para os esforços dos pobres)", completou.

De Boer estimou que Obama "não precisa" finalizar o texto legislativo sobre as mudanças climáticas, submetido ao debate parlamentar, antes da conferência de Copenhague: "Nenhum país signatário do acordo de Kyoto havia adotado previamente um texto legislativo, todos fizeram isto depois", destacou.

Atualmente, o projeto de lei proposto por Obama está no Senado, e é ligeiramente mais ambicioso que o aprovado pela Câmara dos Representantes em junho.

O texto estabelece uma meta de redução dos gases causadores do efeito estufa de 20% até 2020 em relação aos níveis de 2005, pouco mais que os 17% adotados pela Câmara.

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