Agência France-Presse
postado em 23/11/2009 16:28
A Igreja Católica negou comunhão ao parlamentar americano Patrick Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, porque ele se mostrou favorável ao aborto, gerando uma nova polêmica sobre a interferência da religião na política.
O bispo de Rhode Island (nordeste), Thomas Tobin, admitiu em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo local Providence Journal que, em 2007, havia solicitado a Patrick abster-se de comungar.
Patrick Kennedy, representante democrata por Rhode Island, havia revelado dias antes sua posição à imprensa, no contexto de um debate sobre o plano de reforma da saúde, com a Igreja pressionando para que no favoreça a interrupção voluntária de gravidez.
Tobin lamentou na entrevista que Kennedy tenha falado sobre o assunto. "Minha correspondência com ele, de há quase três anos, estava destinada a ser algo pessoal, confidencial e pastoral", disse o bispo.
O sacerdote justificou sua solicitação invocando uma decisão da Conferência Episcopal americana, segundo a qual os católicos cujas ações contradigam os preceitos morais da Igreja não devem receber a comunhão.