Agência France-Presse
postado em 24/11/2009 16:18
Um novo escândalo voltou a salpicar o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, nesta terça-feira. Uma sobrinha, Mirta Maidana Lugo, afirmou que ele é pai de uma jovem de 19 anos que se casou no sábado passado. A cerimônia contou com a presença de Fernando Lugo.
"Todos sabíamos na família que Fátima era filha do nosso tio Nono, pelo que peço um teste de DNA. Se ela não for filha, eu mesma me apresento para cumprir uma condenação por calúnia e difamação", disse em declarações à rádio 9.70 AM.
[SAIBAMAIS]O "Tio Nono" - apelido de Fernando Lugo - enfrenta duas ações de paternidade, uma apresentada por Benigna Leguizamón, de 27 anos - pelo filho de seis anos - e outra por Hortensia Damiana Morán, de 39, pelo filho Juan Pablo, de 2 anos.
Até agora, Lugo só admitiu a paternidade de um menino de dois anos, Guillermo Armindo, filho de Viviana Carrillo, escândalo que veio à tona na imprensa em abril deste ano.
Mirta Maidana Lugo, filha de Mercedes Lugo, irmã do presidente - que ocupa o posto de primeira-dama do Paraguai - se referia em sua denúncia a Fátima Rojas, cujo nome veio à público após seu casamento, realizado com grande pompa, no último sábado.
O chefe de Estado paraguaio compareceu à cerimônia, e a imprensa local noticiou o fato com estardalhaço.
Investigações jornalísticas divulgadas nesta terça-feira pelo jornal ABC indicam que o novo marido de Fátima foi nomeado há dois meses para um importante cargo na represa hidroelétrica paraguaio-argentina de Yacyretá.
A represa foi construída sobre o rio Paraná, 350 km ao sul de Assunção.
"Eu só conto a verdade. Se o resto da família se cala é problema deles. Eu o desafio a fazer um teste de DNA", afirmou Mirta Maidana, em entrevista ao canal 13 de televisão.
Fontes do governo disseram à AFP que as revelações de Mirta Maidana seriam uma reação ao corte do orçamento do gabinete da primeira-dama para 2010.
"Ele é o pai deles", disse a sobrinha do presidente, entrevistada pelo canal Unicanal.
Coincidindo com este novo escândalo, o presidente pediu nesta terça-feira ao procurador geral que rejeite a demanda apresentada por Hortensia Damiana Morán.
Por outro lado, o processo iniciado por Benigna Leguizamón está paralisado por uma apelação de Lugo, requerendo que o exame de DNA seja feito na residência presidencial, e não em um laboratório de Ciudad del Este, 330 km a leste da capital.