postado em 24/11/2009 18:02
As críticas externas, refletidas em parte da imprensa estrangeira, sobre a visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao programa de energia nuclear iraniano foram rebatidas nesta terça-feira (24/11) pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. [SAIBAMAIS];O Brasil defendeu para o Irã a mesma política que estamos defendendo para nós mesmos, isto é, o processo de enriquecimento de urânio para fins pacíficos sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica. Se algum país criticou isso, criticou de forma errada;, disse o assessor especial.
Ontem (23), ao receber Ahmadinejad, Lula disse que o governo brasileiro encorajava o Irã a desenvolver seu programa de energia nuclear desde que com fins pacíficos. Para autoridades estrangeiras, há suspeitas de que o Irã oculte a fabricação de armas nucleares, transgredindo normas internacionais.
;Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver programa nuclear para fins pacíficos com todo o respeito aos acordos internacionais;, disse Lula, na declaração conjunta ao lado do iraniano, no Itamaraty. ;O Brasil sonha com o Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre em nossa querida América Latina.;
Segundo Lula, se o governo iraniano seguir as normas internacionais e tiver posição semelhante à brasileira contará com seu apoio. ;Encorajo assim Vossa Excelência a continuar o engajamento com países interessados de modo a encontrar uma solução justa e equilibrada para a questão nuclear iraniana;, afirmou. ;O Brasil sonha com o Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre em nossa querida América Latina.;
Garcia disse que Lula vai, no primeiro semestre do próximo ano, à Jordânia, a Israel, ao território palestino e ao Irã. O assessor ressaltou que é necessário analisar que nos últimos dias Lula desempenhou um papel ;privilegiado; nas negociações em busca de um acordo de paz no Oriente Médio, ao receber os presidentes de Israel, Shimon Peres, depois da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e agora Ahmadinejad.
;Tvemos uma situação privilegiada. Em um espaço de dez dias, estiveram no Brasil o presidente de Israel, o presidente da Autoridade Palestina e o presidente do Irã, que são três líderes importantes. O Itamaraty continua fazendo seu trabalho cotidiano, mas já alimentado por essas novas informações e opiniões que aqui chegaram;, disse Garcia.