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Representante da União Europeia no Brasil reitera preocupação com fabrição de armas pelo Irã

postado em 27/11/2009 14:08
O representante da União Europeia (UE) no Brasil, João Pacheco, reiterou nesta sexta-feira (27/11) que há preocupação dos integrantes do bloco com as suspeitas de que o Irã oculte a produção de armas nucleares. Segundo ele, a UE apoia o programa nuclear iraniano desde que com fins pacíficos. A reação dele ocorreu no mesmo dia em que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução censurando o programa iraniano pela construção de uma usina de enriquecimento de urânio suspeita de objetivos militares. [SAIBAMAIS]"A posição da União Europeia é bem conhecida e similar à brasileira. Não temos nada contra a indústria nuclear para fins pacíficos. Temos um grupo em contato permanente procurando uma saída nuclear. O que somos é contra a construção de bomba nuclear", disse Pacheco, que participou de reuniões em Brasília para discutir cooperação científica e técnica na área de energia nuclear. Pela resolução da AIEA, o governo do Irã deve paralisar as atividades da usina de urânio enriquecido. Na última segunda-feira (23), quando esteve no Brasil, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou que a usina nuclear iraniana foi construída há mais de 40 anos e funciona com urânio enriquecido a 20%. Segundo ele, o Irã tem capacidade de produzir este tipo de combustível, mas atualmente vem produzindo apenas o urânio enriquecido a 3,5%. Também na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito de o Irã desenvolver programa nuclear próprio desde que com fins pacíficos. "O que defendemos há muito tempo é que o Irã tenha o direito a um programa nuclear para gerar energia, com pleno respeito aos acordos internacionais", disse o brasileiro durante pronunciamento ao lado de seu colega iraniano. As usinas relativas ao programa nuclear do Irã já foram submetidas a várias inspeções. Há suspeitas de que o governo iraniano oculte o desenvolvimento de pesquisas e produção de armas nucleares. No Brasil, Ahmadinejad negou as acusações e atribuiu às grandes potências as denúncias que levantam dúvidas sobre os fins militares referentes ao programa iraniano.

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