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Líder do IPCC se diz razoavelmente confiante sobre cúpula de Copenhague

Agência France-Presse
postado em 27/11/2009 15:16
O presidente do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre as Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), Rajendra Pachauri, se declarou nesta sexta-feira razoavelmente confiante em um êxito da cúpula de Copenhague sobre o clima. [SAIBAMAIS]"Tenho uma confiança razoável de que Copenhague será um sucesso. Espero um compromisso que dará início ao processo para um acordo sólido no México", onde haverá uma nova cúpula sobre o clima em 2010, indicou Pachauri em Madri. Caso fracasse a conferência dinamarquesa, que começa dentro de 10 dias, a cúpula mexicana terá a função de elaborar o tratado global destinado a substituir o Protocolo de Kyoto, cujas metas expiram em 2012. Pachauri disse estar contente com os compromissos de redução das emissões anunciados recentemente por Estados Unidos e China. O anúncio dos Estados Unidos - 17% de redução até 2020 em relação aos níveis de 2005, depois de 30% até 2025 e de 42% até 2030 - é "um passo alentador e importante", embora "não esteja à altura do que a Europa e o mundo inteiro querem", ponderou. Depois de fazerem "absolutamente nada durante muito, muito tempo", os Estados Unidos devem agora "recuperar o atraso" e dar "o exemplo como primeira economia mundial", acrescentou o presidente do IPCC. Pachauri, no entanto, manteve a prudência: "O que (Washington) disse ainda não foi ratificado pelo Congresso" americano. E comemorou o fato da China ter "assumido um compromisso significativo". "Os objetivos anunciados pela China são um primeiro passo", afirmou, referindo-se ao anúncio feito pelas autoridades de Pequim sobre uma meta de redução de suas emissões de carbono por unidade do PIB de 40 a 45% até 2020 em relação a 2005, o que concretamentese traduzirá em um freio no aumento de suas emissões poluentes. Pachauri também não descartou a hipótese de que outro países em desenvolvimento, "como Brasil, México e, em certa medida, a Índia" anunciem em Copenhague compromissos e números, "se os países desenvolvidos apresentarem objetivos ambiciosos sobre a mesa".

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