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Eleições em Honduras: candidatos com estilos distintos e desejo de renovação

Agência France-Presse
postado em 29/11/2009 11:44
Os dois principais candidatos à presidência de Honduras, Porfirio Lobo e Elvin Santos, esperam que as eleições de domingo permitam virar a página da crise gerada pelo golpe de Estado de 28 de junho.

Críticos em relação à comunidade internacional que não foi capaz de entender que o que aconteceu em Honduras não foi um golpe de Estado e sim o cumprimento da Constituição, os dois candidatos estão convictos de que as eleições são a saída para a crise institucional do país.

Sobre o futuro do presidente deposto Manuel Zelaya, Lobo, do Partido Nacional (PN, direita), é conciliador e assegura que a solução passa pelo diálogo.

"Sei que, em algum momento, será preciso conversar com Zelaya", afirmou Lobo, favorito nas pesquisas.

Menos complacente é Santos, que foi vice-presidente de Zelaya e com quem hoje só compartilha as cores vermelha e branca do Partido Liberal (PL,direita).

[SAIBAMAIS]Para Santos, um engenheiro civil 46 anos formado nos Estados Unidos, os órgãos jurisdicionais do país se encarregarão de indicar uma saída dentro da lei.

Lobo, de 61 anos e próspero produtor de cereais, propõe um diálogo e, inclusive, um governo de unidade nacional para tirar o país da crise.

No entanto, seu adversário, Santos, estaria disposto a participar nesse governo apenas se Lobo "mantiver a lei e a ordem" porque, caso contrário, enfrentará sua resistência.

Seus estilos são opostos. Lobo, simpático, afável e tranqüilo, se mostra permanentemente evasivo às perguntas feitas pela imprensa.

Por outro lado, Santos, que chegou à política pelas mãos de Zelaya nas eleições de 2005, apresenta a clássica imagem de tecnocrata com terno escuro e gravata, idéias claras e propostas concretas.

No site Lobo, seu programa de governo aparece sem conteúdo. Apenas esboça três pontos de ação: trabalho, com a criação da segurança trabalhista e investimento em capital humano; segurança, apostando na governabilidade e democracia, e defesa dos princípios e valores. "Nem retrocesso nem desvios, avançaremos com valores", é seu slogan.

Santos, em compensação, apresenta um "Plano de Nação" com quatro eixos de ação: a família com proteção e justiça social, o setor produtivo, a gestão pública e a segurança. Em cada um destaca os problemas e propões soluções.

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