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Eleitores vão às urnas em Honduras sob forte esquema de segurança

postado em 29/11/2009 15:02
As eleições deste domingo (29) em Honduras transcorrem em meio a um clima misto de tensão e tranquilidade. As principais zonas eleitorais do país estão cercadas por um forte esquema de segurança monitorado pelas Forças Armadas e a Polícia. Cerca de 4,6 milhões de eleitores estão aptos para votar, sendo que 1 milhão deles estão fora do país. Mas habitualmente o percentual de abstenção em eleições, em Honduras, é superior a 50%, segundo observadores internacionais. Sem a obrigatoriedade do voto, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de Honduras apela para que o eleitorado compareça às urnas. Com o slogan %u201CSeu voto decide%u201D. A expectativa, de acordo com a imprensa hondurenha, é que os primeiros resultados das eleições sejam divulgados a partir das 20h (de Tegucigalpa) e 22h (de Brasília). O sistema de contagem dos votos mescla antigas fórmulas com a moderna tecnologia. Porém, pesquisas informais indicam que, dos cinco candidatos, os que estão na frente são: Porfirio Lobo Sosa, do Partido Nacional, e Elvin Santos, do Partido Lideral. Único observador brasileiro nas eleições de Honduras, o deputado federal Raul Jungmann (PE) disse que há um clima de %u201Ctranquilidade tensa%u201D em Tegucigalpa. %u201CHá policiamento ostensivo, mas há não problemas visíveis. Estou andando a pé por todos os lados para observar tudo%u201D. De acordo com o TSE de Honduras, há aproximadamente 300 observadores internacionais acompanhando o processo eleitoral no país. A comunidade internacional se dividiu em relação à legitimidade do resultado das eleições. Para o governo brasileiro, estas votações não devem ser aceitas porque seria referendar a ruptura da ordem constitucional decretada com o golpe de Estado de 28 de junho. A crise em Honduras provocou um racha nas Américas. Para um grupo de países liderados pelos Estados Unidos, é necessário legitimar os resultados das eleições. Seguem os norte-americanos o Panamá, o Peru, a Colômbia e a Costa Rica. Mas há um outro grupo, sob comando do Brasil, que se posiciona de forma oposta. O governo brasileiro defende que o presidente deposto, Manuel Zelaya, seja restituído ao poder e cumpra seu mandato até 27 de janeiro. Seguem esta premissa a Venezuela, a Argentina, a Nicarágua e o Paraguai.

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