postado em 29/11/2009 15:27
Potências emergentes e países em desenvolvimento reunidos neste domingo em Genebra concordaram com a necessidade de um compromisso firme dos Estados Unidos para a conclusão da rodada de Doha, antes da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que começa segunda-feira.
"Há um país em particular que faz com que as coisas sejam mais lentas", afirmou o chanceler brasileiro Celso Amorim em referência às paralisadas negociações de Doha, após uma reunião do G20.
"Quase todos os membros da OMC, desenvolvidos e em desenvolvimento, estão em posição de continuar avançando e concluir a rodada de Doha", afirmam os ministros do G20 em um comunicado, evitando cuidadosamente citar de forma explícita os Estados Unidos.
No entanto, durante o encontro, o G20 e o G33 concordaram que a falta de definição da administração americana é a principal razão da paralisia das negociaciones de liberalização do comércio mundial, iniciadas em 2001 na capital do Qatar.
"Fazendo um pouco de pressão, por exemplo na área do meio ambiente, foram alcançados alguns movimentos da parte da China e dos Estados Unidos. A reunião ministerial é uma possibilidade de fazer avançar as coisas", afirmou uma fonte diplomática que pediu anonimato.
Marcado por múltiplos encontros prévios infrutíferos, o diretor geral da OMC, o francês Pascal Lamy, preferiu reduzir ao máximo as ambições da ministerial com mais de 100 países, mas pretende ressaltar mais uma vez os benefícios da rodada de Doha.