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G-20 prioriza discussões sobre barreiras agrícolas em reunião na Suíça

postado em 30/11/2009 12:56
Os ministros do G-20 (grupo dos países em desenvolvimento), reunidos na 3; Conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra até o dia 2, vão dar prioridade às discussões sobre as barreiras econômicas impostas aos produtos agrícolas. O assunto é um dos principais temas de preocupação do governo brasileiro. Neste mês, o Brasil decidiu aplicar sanções aos Estados Unidos pela manutenção de subsídios ao algodão brasileiro.

A OMC determinou a retirada dos subsídios pelos Estados Unidos, mas a decisão não foi acatada pelo governo americano, o que deu ao Brasil o direito de retaliar.

No último dia 23, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, reclamou da falta de atenção dos Estados Unidos às discussões referentes à Rodada de Doha e às questões dos subsídios agrícolas. Garcia fez ecoar o sentimento dos negociadores brasileiros.

Em nota divulgada hoje (30), o Ministério das Relações Exterior reiterou a confiança do governo brasileiro de encontrar soluções políticas e técnicas para minimizar as pendências referentes aos subsídios agrícolas impostos aos países em desenvolvimento.

Para os integrantes do G-20, é fundamental consolidar as discussões em nível multilateral para reforçar as reações aos efeitos de crises econômicas mundiais como a que recentemente afetou a todos.

;Os Ministros do G-20 reiteraram a centralidade da Agricultura na Rodada Doha. A Agricultura determinará o nível de ambição da Rodada. Observaram que o comércio internacional tem sido seriamente afetado pela crise econômica mundial;, diz a nota.

Segundo o documento, ;a crise mostrou os riscos de todas as formas de protecionismo, incluindo os substanciais subsídios distorcivos dos países desenvolvidos;

;Sem os meios necessários para permitir pacotes de estímulo ou programas de resgate econômico, os países em desenvolvimento são afetados desproporcionalmente e arcam com as conseqüências de qualquer erosão da confiança na estabilidade do sistema multilateral de comércio. A crise também destacou a importância e o valor de um sistema de comércio multilateral baseado em regras e orientado para o desenvolvimento;.

Para Brasil e os demais negociadores internacionais, é essencial dar continuidade às conversas da Rodada de Doha:

;Concluir a Rodada Doha poderia resultar em uma vitória tripla: reforçar a confiança no sistema multilateral de comércio, proteger contra o aumento do protecionismo e impulsionar a economia global, reduzindo suas assimetrias;.

O governo brasileiro tem endurecido no que diz respeito à imposição de sobretaxas aos produtos nacionais. Antes de decidir aplicar sanções aos Estados Unidos em decorrência do subsídio ao algodão, o governo divulgou que vai retaliar os norte-americanos em 222 produtos, que devem receber uma sobretaxa quando forem importados dos Estados Unidos.

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