Agência France-Presse
postado em 03/12/2009 16:18
O presidente Teodoro Obiang Nguema, no poder desde 1979, foi reeleito com 95,37% dos votos no pleito de domingo passado na Guiné Equatorial.
[SAIBAMAIS]Os resultados definitivos foram comunicados nesta quinta-feira pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral.
Obiang, que chegou ao poder com um golpe de Estado, tentou transmitir imagem democrática a um país que, no entanto, ele governa com mão de ferro.
A descoberta de petróleo nesta ex-colônia espanhola da África Central, independente desde 1968, mudou a situação nos anos 90 e o país agora produz 400.000 barris diários, convertendo-se assim no terceiro produtor da África Subsaariana, atrás de Angola e Nigéria.
Durante a campanha eleitoral, Obiang se apresentou aos 291.000 habitantes do país com direito a voto (em uma população de um milhão) como representante da continuidade e bom gestor do maná petroleiro.
Com seu habitual estilo nacionalista, criticou as multinacionais petroleiras por não redistribuir os lucros do petróleo e prometeu tirar o país do subdesenvolvimento e torná-lo um país emergente em 2010.
Obiang é um dos três dirigentes africanos denunciados recentemente ante um tribunal de Paris pelas pouco claras condições de aquisição de um importante patrimônio imobiliário na França.
O relatório de 2009 da Transparência Internacional situa a Guiné Equatorial no posto 168 - num total de 180 países - em termos de corrupção.