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Amorim vai ao Irã dar continuidade às conversas que Ahmadinejad começou no Brasil

postado em 03/12/2009 17:36
Dez dias depois de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, vir ao Brasil, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, retribui a visita indo até Isfahan (Irã). Independentemente das polêmicas que envolvem o presidente iraniano, a ideia é dar continuidade aos assuntos iniciados em Brasília, inclusive, o polêmico programa de energia nuclear desenvolvido pelo país.

[SAIBAMAIS]De Genebra (Suíça), onde participou de uma rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), Amorim seguiu para o Irã. O chanceler passou o dia de nesta quinta-feira (3/12) em reuniões com Ahmadinejad e o ministro de Negócios Estrangeiros, Manouchehr Mottaki. Amorim ficou menos de 24 horas em solo iraniano.

No momento em que Amorim conversava com Ahmadinejad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Alemanha, apelou para que a comunidade internacional mantenha as negociações com o Irã. A reação de Lula ocorreu logo depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmar que há possibilidades de se ;perder a paciência; com o governo iraniano em decorrência de suas posições.

;O melhor e mais barato é acreditarmos nas negociações e termos muita paciência. Eu penso que tratar o Irã como se fosse um país insignificante, aumentando a cada dia a pressão, poderá não resultar em uma coisa boa. Precisamos aumentar o grau de paciência para aumentar o grau de conversação com o Irã;, disse Lula.

A passagem de Ahmadinejad pelo Brasil gerou controvérsias, uma vez que o iraniano chamou Lula de ;meu amigo; e o presidente defendeu o direito de os iranianos desenvolverem seu programa nuclear desde que com fins pacíficos. O presidente do Irã assegurou que a usina de enriquecimento de urânio de seu país não tem objetivos militares.

No entanto, no último dia 27, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) aprovou resolução censurando o programa nuclear iraniano pela construção de uma usina de enriquecimento de urânio suspeita de ter fins armamentistas.

As usinas que fazem parte do programa nuclear do Irã já foram submetidas a várias inspeções. O governo iraniano é acusado de ocultar o desenvolvimento de pesquisas e produção de armas nucleares. No Brasil, Ahmadinejad negou as acusações e atribuiu às grandes potências as denúncias que levantam dúvidas sobre os fins militares do programa nuclear iraniano. <-- .replace('

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