Agência France-Presse
postado em 04/12/2009 08:58
TEGUCIGALPA - A Frente de Resistência contra o Golpe de Estado em Honduras desistiu de exigir a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya, mas continuará lutando por uma Assembleia Constituinte.
"Vamos seguir a luta, agora apenas pela Constituinte, não pela restituição de Zelaya", declarou Juan Barahona, coordenador geral da Frente, integrada por membros de organizações sociais. Barahona anunciou ainda uma pausa nos protestos de rua que a Frente realiza desde o golpe em 28 de junho.
"Mel (Manuel Zelaya) vive, a luta segue", gritaram 300 membros da Frente em uma assembleia na sede do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Bebida e Similares. Uma passeata foi convocada para o dia 11 de dezembro.
A proposta de promover uma Assembleia Constituinte que redigiria uma nova Carta Magna com mudanças sociais e a possibilidade de reeleição presidencial foi o que provocou em junho a destituição de Zelaya, com uma aliança de todos os setores conservadores.
"Nem ele (Zelaya) mesmo quer mais a restituição depois da votação do Congresso", disse Barahona, a respeito da derrota de 111 a 14 entre os deputados para a possibilidade de retorno de Zelaya.
O dirigente sindical declarou que quando e como Zelaya sairá da embaixada do Brasil, onde está refugiado desde 21 de setembro, "será decisão dele e qualquer coisa que decida, será apoiado pela resistência".