Agência France-Presse
postado em 04/12/2009 12:18
BRUXELAS - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta sexta-feira (4/12) aos aliados dos Estados Unidos no Afeganistão que terminem juntos o combate", em uma reunião ministerial da Otan em Bruxelas.
"É nosso combate e devemos terminá-lo juntos", destacou Hillary Clinton no início de uma reunião a portas fechadas com seus colegas da Aliança Atlântica. "Estamos juntos na Otan e na Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança) porque reconhecemos que nossa segurança é compartilhada, que temos uma responsabilidade coletiva", insistiu a chefe da diplomacia, segundo discurso transmitido pelo departamento de Estado.
Washington confia que os aliados se juntarão ao esforço militar que o presidente Barack Obama anunciou para o Afeganistão, com o envio de quase 33 mil soldados extras.
Por enquanto, o secretário geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen, antecipou que os membros da Isaf estão dispostos a contribuir com ao menos 7 mil soldados para 2010. "A necessidade de tropas extras é urgente, mas sua presença não será indefinida", garantiu Hillary Clinton.
Neste sentido, justificou a decisão de Obama de iniciar a retirada das tropas em julho de 2011, questionada nos EUA e que deixou tanto a Europa quanto o Afeganistão perplexos. "Queremos destacar que nossa presença no combate não será permanente e transmitir um sentimento de urgência aos afegãos, para que façam eles mesmos o que sabemos que sabem fazer", explicou.
No entanto, o ritmo e a amplitude da redução de tropas serão determinados pela situação no campo de batalha, destacou Hillary Clinton.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou nesta sexta-feira que os aliados dos Estados Unidos ofereceram enviar 7 mil soldados adicionais ao Afeganistão, com a previsão de aumento do número, durante uma reunião em Bruxelas de chefes da diplomacia da Aliança.
"Pelo menos 25 países que integram a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) no Afeganistão, dirigida pela Otan, indicaram que enviarão mais tropas em 2010", declarou Rasmussen em uma entrevista coletiva.
No total, os membros da Isaf apresentaram a proposta de envio de 7 mil soldados e "serão mais", destacou o secretário-geral, antes de celebrar que os países participantes na maior operação da história da Otan "sigam unidos".