BAGDÁ - Cento e vinte prisioneiros foram executados pelas autoridades iraquianas em 2009, e mais de 900 esperam atualmente no corredor da morte, denunciou neste sábado em um comunicado a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.
"Sabemos que pelo menos 120 pessoas foram executadas este ano até agora" no Iraque, afirmou a ONG, baseada em Londres, em uma nota divulgada em seu site.
"As autoridades iraquianas devem deter imediatamente a execução de mais de 900 pessoas, entre elas 17 mulheres, que estão nos corredores da morte e já esgotaram seus recursos legais, e por isso podem ser executadas a qualquer momento", destacou a AI.
Segundo a organização, muitos condenados à morte foram declarados culpados de assassinatos ou sequestros, e "alguns foram condenados após julgamentos injustos".
A pena de morte foi reinstaurada no Iraque por decreto em 2004, apesar dos protestos da comunidade internacional. Os condenados são enforcados.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, é um fervoroso defensor da pena capital.